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Por que o Linux não decola?

O Bruno acha que instalar programas no Linux é mais fácil que no Windows. O Elcio, comentou ontem, sobre o avanço do Linux. Então resolvi dar o meu pitaco na história.

Conheço Linux já a um bom tempo. Primeira distribuição que vi na minha vida devia ser daqueles Conectivas Guaranis, por volta de 1999. A primeira distro que instalei, num velho K6 que eu tinha, foi o Conectiva 6. De lá pra cá, testei várias distros. Suse, Conectiva, Slackware (da qual me tornei fã), Debian, Ubuntu, Fedora e mais uma meia dúzia de que não me recordo mais. Houve avanços significativos, mas ainda tenho dúvida quanto a facilidade de uso desse sistema.

O artigo do Bruno é falando justamente isso. No Ubuntu (e em várias outras distros) existe o Synaptic, que é um software que gerencia a instalação de novos softwares do seu sistema. Tudo sem complicação, e sem o ‘next', ‘next' e ‘finish' dos InstallShield's da vida do Windows.

Well, a ferramenta é bacana, mas é apenas um eixo de sustentação do Sistema Operacional. Ainda existem diversas outras barreiras que burocratizam o uso do Linux. Não sei se existem mais assistentes para outras configurações (confesso que não uso Linux a 1 ano, só ocasionalmente uso o terminal de um Slackware no meu trabalho), como rede, wireless, impressora, adição de novos dispositivos. É isso que cansa ao usuário. Para tudo no Linux existe um HOWTO. Quem não tem a curiosidade de um geek provavelmente não usurá o sistema por muito tempo.

Instalação de programa, na minha opinião, é igual a do Mac OS. Quer instalar um aplicativo? Arrasta ele pra dentro da pasta ?Applications?. Simples assim. No Mac OS, janelas são simplificadas. Não existem telas cheias de opções e com botões “OK”, “Cancelar” e “Aplicar”. Na maioria dos casos, toda configuração mudada já é aplicada automaticamente (isso também ocorre no Gnome).

A solução para que o Linux decole é a adoção de um rígido controle de qualidade. Não estou falando de escrever um código menor ou que execute mais rápido no hardware X. Estou falando de se preocupar no projeto de cada tela do Sistema, de cada ícone na área de trabalho. Senão, Linux continuará sendo sinônimo de coisa de nerd.

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